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ENTREVISTA

1. Fale-nos um pouco de você.

Meu nome é Ivana Lopes Cremasco da Silva, mas assino os textos que escrevo como  Ivana Lopes que é mais curto e mais fácil de lembrar. Sou de São Paulo, formada em Letras pela PUCC, sou tradutora de textos e vídeos da língua inglesa para o português, também faço revisão e preparação de textos editoriais. Escrever sempre foi um hábito natural na minha vida como respirar e comer, sempre escrevi, mas escrevia só pra mim, até que um dia me convidaram para escrever sobre literatura num site, onde tinha minha própria coluna, adorei a ideia e passei a publicar semanalmente artigos sobre os grandes mestres da literatura, meu objetivo ao escrever esses artigos é de cativar novos leitores e de provocar a releitura das obras de grandes escritores nacionais e internacionais, num país onde a leitura não é um hábito da maioria da população, procuro incentivar as pessoas a conhecerem e a lerem os livros dos grandes escritores. Atualmente tenho uma coluna com meu nome no Arca Literária.

2. O que vc fazia/faz além de escrever? De onde veio a inspiração para a escrita?

Além de escrever sou tradutora, revisora e preparadora de textos e também servidora pública. Sempre gostei muito de ler, leio muito desde criança, escrever acabou sendo uma consequência desse hábito. Escrever é uma coisa que me dá muito prazer, satisfação. É muito bom poder colocar no papel ou no computador, os nossos pensamentos, ideias e opiniões. Criar um texto é um trabalho árduo mas muito gratificante, cada texto que escrevo é como um novo filho.

3. Qual a melhor coisa em escrever?

O melhor de escrever é poder expressar o que a gente sente, o que pensa, o que acha das coisas, com total liberdade.  Escrever é contribuir de alguma forma com o mundo que nos cerca sem esquecer que é muito bom quando as pessoas leem nossos textos, quando emitem opinião, afinal escrever é também uma troca.

4. Você tem um cantinho especial para escrever? 

Não. Escrevo quando vem uma ideia nova na cabeça, isso pode ser em casa quando acordo, ou     andando na rua, se é possível me sento em algum canto e escrevo ou anoto a ideia para desenvolvê-la melhor mais tarde. Quanto aos artigos sobre literatura faço direto no computador em casa.

5. Qual seu gênero literário? Já tentou passear em outros gêneros?

Gosto de escrever crônicas e contos. Já tentei escrever poemas porque adoro poesia, mas é o gênero mais difícil, é preciso ser poeta e não sou.

6. Fale-nos um pouco sobre seu(s) livro(s). Onde encontra inspiração para título e nomes dos personagens?

Ainda não publiquei nenhum livro, mas em breve um conto meu será publicado na Antologia de Contos do Arca Literária. A inspiração para escrever este conto veio de uma explicação que li sobre  lugares mal assombrados, num livro que explica a doutrina espírita, apesar de ser católica gosto de aprender sobre o espiritismo.

7. Qual tipo de pesquisa você faz para criar o “universo” do livro?

No caso do conto que vai ser publicado usei minha intuição e criatividade para escrever, e me baseei nas informações “técnicas” que tinha lido no manual espírita. Para escrever os artigos semanais sobre os  mestres da literatura, antes de fazer meu texto eu leio 3 ou mais biografias sobre o escritor,  leio críticas de suas obras em sites confiáveis e uso também minha experiência como leitora e seus livros,  só depois escrevo sobre eles colocando também  no meu texto minha opinião sobre o escritor e seu trabalho.

8. Você se inspira em algum autor ou livros para escrever?

Bons autores não faltam para inspirar quem quer escrever, como amante de literatura eu não diria  que   me inspiro mas que admiro muito vários escritores, são pra mim verdadeiros mestres.

Por  exemplo adoro a maneira intimista e original de escrever de Clarice Lispector.  Gosto muito também  da profundidade dos versos de Cecília Meireles, da naturalidade dos romances de Jorge Amado. São  grande inspiração pra qualquer pessoa que quer escrever, mas não posso dizer que essa inspiração transforme alguém em escritor, se fosse assim bastava ver uma obra  de  Van Gogh  para se tornar um grande pintor. Eles são mestres e nós apenas conseguimos aprender com eles.

9. Você já teve dificuldade em publicar algum livro? Teve algum livro que não conseguiu ser publicado?

Na verdade nunca tentei publicar um livro.  Escrever oficialmente tem sido algo novo pra mim.  Mas  tenho vontade de publicar meu próprio livro no futuro. Tenho comigo a ideia já pronta para isso.

10. O que você acha do novo cenário da literatura nacional?

O que sei é que tem muita gente escrevendo. Tem muita coisa sendo escrita, coisas boas e outras nem tanto. Mas o que acho positivo é que apesar de toda a tecnologia ainda se escreve muito, ainda se produz bons livros, não importa se na forma tradicional ou em e-books. O que é muito positivo também é que cada vez mais jovens estão escrevendo, mesmo que nem todos façam “literatura”, a prática de escrever e de lançar livros se tornou comum entre os mais jovens principalmente entre os youtubers. E isso atrai novos leitores e leitores cada vez mais jovens, que mesmo que tenham chegado por esse caminho até os livros, com o passar do tempo podem vir a apreciar outras formas mais elaboradas de leitura.

11. Recentemente surgiram vários pessoas lançando livros nacionais, uns são muito bons, outros  nem  tanto, outros são até desesperadores, o que você acha sobre este boom?

Vejo como algo muito positivo. Estamos todos cercados, inundados, bombardeados pela tecnologia, pela avalanche de informações que nos chegam de todas as partes do mundo e que muitas vezes não temos tempo nem de assimilar, tudo então se torna muito rapidamente descartável.  Só o fato de  alguém se debruçar sobre uma ideia e transformá-la num livro já é algo muito bom, positivo.

12. Qual sua opinião sobre os preços elevados dos livros nacionais?

O livro custar caro faz com que os leitores em potencial acabem se afastando cada vez mais da leitura.  Num país em crise como o nosso onde a sobrevivência já é difícil, a prioridade da maioria das pessoas é conseguir se alimentar e pagar suas contas, comprar livros acaba se tornando supérfluo em detrimento aos gêneros de primeira necessidade. O preço alto do livro acaba fazendo com que a cultura seja  um direito apenas de uma minoria, de uma  elite com mais poder aquisitivo.

13. Qual livro você falaria: “queria ter tido esta ideia”?

 “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes

14- Se tivesse que escolher uma trilha sonora para seus livros qual seria? (nome da musica + cantor)

 Four Seasons de Vivaldi.

15-  Já leu algum livro que tenha considerado “o livro de sua vida”?

Li vários livros que gostei muito. Nenhum que eu possa citar como “o livro da minha vida”.

16- Você tem novos projetos em mente? Se sim, pode falar sobre eles?

Tenho vontade de transformar em livro meus artigos sobre os grandes mestres da literatura,  mas o livro não teria só esses meus artigos, mas o restante da ideia ainda é segredo.

17. Você acompanha as críticas feitas por blogueiros nas redes sociais? O que você acha sobre isso?

Eu participo de um blog escrevendo artigos, já é o segundo onde tenho uma coluna.  Costumo ler tudo que é publicado nos blogs que participo, e leio mais alguns, conheço blogs muito interessantes, alguns de bons  escritores independentes, mas não acompanho muitos  blogueiros.  Os blogs são uma evolução importante da comunicação tradicional, são uma ferramenta poderosa de divulgação e quanto mais originais  mais alcance conseguem.

18. Se pudesse escolher um leitor para seu livro (escritor, alguém que admire) quem seria?

Os escritores que mais admiro na sua maioria já não estão entre nós, se pudesse escolher    leitores para o que escrevo gostaria na verdade que fossem anônimos e que fossem muitos, que meus textos conseguissem chegar ao maior número de pessoas possível.

19. Qual a maior alegria para um escritor?

Ser lido  por muitas pessoas.

20. Deixe uma mensagem a nossos leitores e para aqueles que estejam iniciando no mundo da escrita literária.

Escrever é um trabalho como outro qualquer, mas que para o escritor é um trabalho que dá  prazer, satisfação. Alguém já disse que escrever é um trabalho muito mais de transpiração do que de inspiração, porque é árduo e requer esforço, mas que quando terminado traz uma enorme sensação de dever cumprido e se agrada ao leitor e provoca um efeito positivo em quem  lê é extremamente gratificante. Na relação escritor x leitor,  um precisa do outro, um não existe sem o outro.

 

Comentários

Leo Vieira

Mai 12, 2017 at 22:45

Excelente, Ivana. Você está no caminho certo. Continue assim.
Beijos,

 

Ivana Lopes

Mai 13, 2017 at 01:51

Obrigada Leo, gosto muito do que faço, escrever é minha paixão, vou continuar como sou, escrevendo o que acredito, nada nem nínguém me fará parar, nem me fará desistir, ou mudar. Descobri que amo escrever e agora é daqui pra sempre. Beijo.

 

 

Ana Costa

Mai 13, 2017 at 04:25

Excelente entrevista. Parabéns e desejo que o anjo da inspiração sente-se ao seu lado e sopre as melhores narrativas. Abraços.

 

Ivana Lopes

mai 14,2017 at 11:57

Obrigada Ana por suas lindas palavras. Um abraço.

ENTREVISTA DADA PARA O SITE

ARCA LITERÁRIA EM  08/05/2017

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